A consciência está limpa, clara e aberta
30 outubro 2022Despertei um estado de ascensão, e depois, de dissolução no Infinito
30 outubro 2022A chamada silenciosa de Deus envolve cada um de nós
Atributo de Deus da Simultaneidade de Deus
Fiz a exemplificação esta manhã. Internalizei tendo em pensamento, como propósito, a transcendência do ego e assim alcançar a plena comunhão com Deus ao aprofundar o mistério dos Atributos de Deus, este dom inestimável revelado pelo nosso Guia Espiritual.
No início da exemplificação reportei-me ao nosso Guia e senti que vários colegas nossos estavam então a realizar esta comunhão em uníssono. Comecei a perceber um misterioso apelo de Deus, que parecia envolver cada um de nós, com calma e suavidade, unindo-nos a todos numa única manifestação. Senti como Ele estava a abraçar e realmente a permear tudo. No meu ser, esta energia silenciosa e sublime era indiferenciada, embora englobasse tudo, unificasse tudo. A certa altura até senti uma pulsação, como se estivesse a pulsar com o coração de Deus numa pulsação Macrocósmica.
E tudo, mas absolutamente tudo, se tornou interior ao meu ser. O meu ser expandiu-se e ficou preenchido consigo mesmo, como se Deus me revelasse a Sua realidade, sentia que Ele existia em tudo e em todos. Estava ciente de que essa energia subtil do Atributo de Deus da Simultaneidade de Deus une tudo, mas une tudo, toda a manifestação, na eternidade (quando escrevi o relato após a meditação, sublinhei mesmo a palavra eternidade como muito importante para aquilo que percebi).
Ouvi a apresentação do Atributo de Deus da Simultaneidade de Deus depois de ter escrito este testemunho e fiquei até agradavelmente surpreendida pelo facto do Grieg ter apontado repetidamente naquela apresentação que, através desta energia subtil e sublime da Simultaneidade, Deus manifesta tudo em concomitância, tanto no espaço, como no tempo, e na eternidade.
Finalmente, percebi mesmo a unificação de toda a manifestação, com a qual eu estava unida, com a não-manifestação, na transcendência divina (era como se tivesse sido absorvida, dissolvida).
A música tinha terminado, mas eu não queria voltar, só queria "existir, existir ali e assim na eternidade". Eu disse para mim mesma: "como posso permanecer neste estado, mesmo que, digamos, volte da meditação"?
Sempre, de manhã, testo-me a mim própria, tomo consciência do meu estado e isso é como um pano de fundo da minha existência. Se quero meditar encho toda a minha consciência e sou uma com a própria manifestação divina.
Depois de finalmente ter voltado da comunhão, comecei a escrever o meu testemunho. Fui à biblioteca buscar caneta e papel (não me apetecia sentar-me ao computador para escrever) e encontrei um folheto do Grieg "Dois aforismos por dia cheios de sabedoria" na biblioteca. Pensei em abri-lo e ver que mensagem o Guia tinha para nós hoje. O sublime aforismo era perfeitamente apropriado e em simultaneidade e sincronicidade com a experiência que eu e provavelmente muitos de nós tiveram: "Quando, em alguns momentos privilegiados, percebem que estão em pré-aprendizagem em todo o lado, estão de facto, a perceber tacitamente Deus. Para aquele que é capaz de perceber, nada pode existir além de Deus. Deus Pai é tal como as ondas que só podem aparecer se houver um oceano".
Termino o meu relato com uma conclusão e uma exortação prática: "todos os atributos de Deus conduzem a Deus, e o seu aprofundamento é uma chave para aceder, cada um de acordo com as suas afinidades, a um destes caminhos, que são como raios convergindo para a mesma fonte única, Deus".
Grupo 27, Iasi